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Pedaços do mundo e grãos de areia
Publicar um romance é cada vez mais difícil, sobretudo em editoras que dependem de vendas em larga escala de livros alavancados pela fama colhida nos tiktoks e no circuito mediático. A literatura foi engolida por um sistema financeiro que impõe o mínimo denominador comum e reflete o pior da sociedade contemporânea: exibicionismo e banalidade, a visão conformista do mundo e a irrelevância da cultura. Este romance, O Homem Morto, surge no exterior do sistema de avaliações comerciais e não foi escrito para agradar a críticos ou ao Adamastor enigmático que dá pelo nome de mercado. O livro não terá direito a críticas penetrantes nos jornais ou a carreira pomposa nos festivais onde se discute a literatura do passado. O tema desta obra é a dissolução e a mentira, que julgo apanhar fragmentos do espírito da época. Tentei não ser agradável, procurei ser realista no estilo, com enredo e ritmo, mas sem lições de moral ou mensagens políticas.
O Homem Morto pode ser comprado aqui.