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Pedaços do mundo e grãos de areia
As pessoas querem paz, mas são manipuladas para aceitarem estados de conflito que levam a terríveis tragédias. Os cidadãos não ambicionam apenas viver em sociedades pacíficas, mas desejam que haja equilíbrio e justiça, que sejam mantidos os sistemas de proteção social, o acesso à cultura e a qualidade de vida. A política está a falhar nas vontades básicas da população. Os eleitos não cumprem promessas, vencem eleições com dinheiro das oligarquias e ficam presos a dependências inconfessáveis. Geralmente não sabemos se uma decisão foi tomada em nome de interesses ocultos ou se pretendia o bem geral. A democracia começa a ruir quando a vontade dos eleitores deixa de contar, transformando-se numa teia de traições: este é o terreno fértil da mentira, da corrupção e do medo. A fraqueza resulta da mediatização em excesso e da erosão das instituições, leva ao cinismo e à paralisia. Para se manter, um poder fraco exerce enormes doses de manipulação, exibe uma força que não tem, entra em guerras de alto risco. As sociedades dissolvem-se em agressão e as pessoas deixam de ter qualquer valor, são peões, são dispensáveis.