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Erros passados

por Luís Naves, em 15.07.25

O mundo está perigoso, com o crescendo dos tambores que anunciam tragédias militares, os líderes a dizerem que será inevitável um conflito mundial nos próximos quatro anos, sem que ninguém explique como se evita o holocausto nuclear. É conversa a sério ou estamos perante o grande teatro da política? Os europeus têm de gastar mais dinheiro em armas (eles falam em investimento) e precisam de um perigo para convencer os eleitores, já desconfiados de tal estratégia de guerra. Portugal vai fingindo: gasta 4 mil milhões de euros em defesa e teria de subir a parada para 15 mil milhões, talvez atinja metade. Isto não é para os fracos. A Alemanha, Polónia e França estão a rearmar-se em larga escala, sendo nítida a retórica bélica. Há também notícias sobre uma vasta corrida aos armamentos na Ásia, enquanto a guerra da Ucrânia mostra que as novas táticas de combate são brutais e dispendiosas em vidas de soldados. Não vale a pena ter ilusões: a guerra de 14-18 também parecia impossível, mas os impérios europeus suicidaram-se na mesma. Após duas décadas de paz intermitente, sem nenhuma lição assimilada, o mundo caiu de novo no abismo. No essencial, estamos a repetir erros do passado.

publicado às 18:39



Autores

João Villalobos e Luís Naves