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Pedaços do mundo e grãos de areia
A Europa caminha para um momento de divisão e paralisia capaz de matar o seu projeto político, a imitar o que aconteceu com o império austríaco, que definhou e estagnou até ao colapso, confrontado com a modernidade e incapaz de se adaptar. O modelo social baseado em pensões (o estado vigente na UE) está agora ameaçado por um projeto ainda mal explicado, o qual visa desviar as poupanças elevadas dos europeus para um mercado de capitais com inovações, recheado de riscos. Para os burocratas, o dinheiro está "parado no banco", pois os cidadãos não precisam de arriscar o que poupam em investimentos mais rentáveis, mas também mais voláteis. Será preciso desmantelar o estado social para convencer a população a investir à maneira americana? O facto é que a Europa precisa de dinheiro: o dilema é correr às poupanças ou aumentar a dívida. É urgente financiar a recuperação económica, mas também pagar o reforço da defesa. Aqui, os europeus agitam o papão russo: Moscovo vai invadir, apesar da abundância de artigos que nos explicam a derrota iminente da Rússia na Ucrânia, onde um exército de bêbados, sem botas nem munições, continua a usar chips de máquinas de lavar roupa.