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Pedaços do mundo e grãos de areia
Alguns autores, como Porfírio Silva neste texto de Machina Speculatrix, elogiam a posição de Alexis Tsipras em defesa da candidatura de Jean-Claude Juncker à presidência da Comissão Europeia. O argumento é o seguinte: o PPE foi o mais votado nas eleições europeias e o seu candidato a presidente da comissão deve ter o privilégio de se fazer eleger. Trata-se, pois, da democracia em acção.
Isto seria válido se o Parlamento Europeu fosse semelhante a um parlamento nacional, mas não é certamente válido quando vemos a questão na vertente do interesse dos pequenos países. O que parece democrático pode não o ser: neste caso, existe poder adicional para o chamado directório ou potencial para crises muito complicadas. Não havendo uma federação, o poder na UE pertence aos Estados e o controlo da comissão é um elemento crucial. A democracia está acima de tudo em cada um dos países.