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Pedaços do mundo e grãos de areia
Não há memória de uma ocasião em que, no espaço de apenas seis meses, tenham mudado radicalmente as lideranças de três potências do G-7, mas é o que está a acontecer. Depois da substituição do primeiro-ministro britânico, na sequência do referendo sobre Brexit, e da eleição de Donald Trump, as eleições francesas resultarão na terceira mudança consecutiva nas chefias das grandes potências ocidentais. Se passarem à segunda volta das presidenciais francesas, os candidatos François Fillon e Emmanuel Macron deverão ser eleitos (ou um deles, na hipótese mais improvável de ambos passarem à segunda volta) com a promessa de fazerem reformas, mas existe a possibilidade palpável de ocorrer uma viragem mais radical: a passagem à segunda volta de um de dois candidatos (Jean-Luc Mélenchon ou Marine Le Pen) é uma possibilidade evidente, sendo ainda possível um duelo entre ambos. Se um deles fosse eleito presidente, a União Europeia, tal como a conhecemos, seria posta em causa e acordaríamos, dia 8 de Maio, num mundo ainda mais diferente daquele em que já vivemos.