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O estilo da galinha cega

por Luís Naves, em 29.10.13

Cruzei-me uma vez com Daniel Oliveira e, depois de ler este texto e respectivo link, gostaria de não me voltar a cruzar com ele. Quem escreve uma coisa destas não pode ser boa pessoa. O texto sobre um amigo meu, Francisco Almeida Leite, não passa de uma pequena intriga política inserida numa operação de contornos sinistros e que visa a destruição de uma pessoa. Essa operação está a ser executada com requintes de malvadez.

Daniel Oliveira usa o método da insinuação torpe e da acusação cobarde, omitindo factos relevantes, dizendo meias-verdades torcidas, soprando murmúrios manipulados. O que mais irrita é a beata superioridade moral. Dou um exemplo: a carreira de jornalista de Francisco Almeida Leite (quase 20 anos) é resumida com a expressão “monumentais fretes jornalísticos”, algo que é impossível de verificar. O método de destruição de carácter é obsceno, pois se alguém surgir a dizer que se trata de mentira, nunca sabemos quais os textos contendo fretes a que se referia o autor.

 

Oliveira tem falado muitas vezes em nome do jornalismo impoluto, embora não se lhe conheça obra jornalística autêntica, no plano da reportagem ou da notícia. Devia ser a última pessoa a falar do princípio de Peter. Sei que debita comentários e opiniões sobre política, repetindo a mesma lengalenga, semana atrás de semana. Ocasionalmente, a realidade coincide com o que escreve, mas o facto é que a galinha cega, por vezes, também consegue apanhar a semente.

Em Oliveira, irrita este debicar frenético de jornalista veterano. Sou pessoalmente brindado com um link para um artigo que não conhecia e no qual consta o meu nome. Sendo pessoa honesta, disposta a pagar o preço da honestidade, a condescendência de Oliveira incomodou-me de forma extraordinária. Não me revejo na técnica facínora de elencar nomes de alegados maus profissionais e depois acrescentar que alguns deles são excepções, mas sem dizer quais. Lança-se lama sobre uma dúzia para depois acrescentar que há uns limpinhos, mas nunca sabemos quem são esses.

Recuso o paternalismo do comentador e opinador Daniel Oliveira, que não costuma ter contraditório, certamente por medo das suas respostas trogloditas, em jornal de grande tiragem. O autor não é mais do que um político de extrema-esquerda que se faz passar por jornalista competente. Quanto a mim, estive em três guerras e escrevi mais de 4 mil artigos de jornal. Sei um pouco da minha profissão para conseguir distinguir um charlatão e fala-barato.

Por isto, não aceito a chazada de Daniel Oliveira e recuso os seus métodos. Sei que não se deve responder a um pseudo-intelectual que se pavoneia em programas cómicos, mas não gosto de tipos armados em delatores e que fazem da hipocrisia um estilo.

publicado às 16:54


5 comentários

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De Fernando Moreira de Sá a 29.10.2013 às 17:40

Clap, clap, clap!

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Autores

João Villalobos e Luís Naves